Chipre
desde 2995€
por pessoaA antiguidade da Humanidade revê-se nesta bela ilha mediterrânica quando há cerca de 10.000 a. C, no povoado de Aetokremnos, situado na costa Sul, a arqueologia detetou evidências da presença de uma comunidade de caçadores-recolectores e de posteriores grupos humanos de agricultores e de pastores desde há 8.200 anos. Os finais da Idade do Bronze conheceram em Chipre duas colonizações de caraterísticas gregas: navegadores minoicos e comerciantes micénicos, cujos vestígios remontam a 1.400 a. C., e a ilha passou a ocupar um lugar importante na mitologia grega por ser o berço de Afrodite e de Adónis, além da casa dos reis Cíniras, Teucro e Pigmaleão. Mas não foram apenas esses antigos gregos que ali chegaram. Pelo século VIII a. C. colónias fenícias foram fundadas na costa sul de Chipre, perto das atuais cidades de Larnaca e de Salamina. Chipre ocupa uma posição estratégica milenar no Médio Oriente e foi ocupado pela Assíria em 708 a. C., após um breve período sob domínio egípcio e também das dinastias persas (545 a. C.). Porém rebeldes cipriotas, liderados por Onesilo, rei de Salamina, juntaram-se a aliados gregos das cidades jónias durante a Revolta Jónia em 499 a.C., contra o Império Aqueménida, que foi reprimida, mas a ilha conseguiu manter alguma autonomia e permaneceu sempre aliada do mundo grego. Em 333 a. C. Chipre foi conquistada por Alexandre Magno e depois da sua morte, e com a consequente divisão do seu império depois de muitas guerras entre os seus sucessores, a ilha tornou-se parte do Império Helenístico do Egipto ptolemaico. Em 58 a. C. foi anexada pela República Romana, e tornou-se a província de Chipre.
Mais tarde quando o Império Romano se dividiu nas partes Oriental e Ocidental, em 395, Chipre passou a integrar o Império Bizantino, e assim permaneceu até à chegada das Cruzadas vindas do Ocidente oitocentos anos mais tarde. Sob o domínio de Bizâncio, a orientação grega que tinha sido proeminente desde a antiguidade ajudou ali a desenvolver um forte carácter helenístico-cristão, que continua ainda hoje a ser uma característica fundamental da comunidade cipriota grega. A partir de 649 a ilha foi constantemente flagelada por ataques devastadores lançados pelos exércitos muçulmanos do Levante e que continuaram pelos trezentos anos seguintes. Muitos foram rápidos assaltos de piratas, mas outros foram ataques de larga escala em que muitos cipriotas foram mortos e grande parte da riqueza da ilha foi saqueada ou destruída. O domínio bizantino foi restaurado em 965 quando o imperador Nicéforo II Focas obteve vitórias decisivas em terra e no mar.
Em 1191, durante a Terceira Cruzada, Ricardo I de Inglaterra conquistou a ilha às forças de Isaac Comneno de Chipre. Coração de Leão usou a ilha como uma grande base logística relativamente segura contra os sarracenos, mas um ano mais tarde vendeu-a aos Cavaleiros Templários, que, após uma sangrenta revolta local, por sua vez a venderam a Guy de Lusignan. O seu irmão e sucessor, Amalrico II, foi reconhecido como rei de Chipre por Henrique VI da Germânia e outros poderes ocidentais da Cristandade medieval. Em 1473, após a morte de Jaime II, o último rei da dinastia Lusignan, a República de Veneza assumiu o controle da ilha, agora governada pela viúva veneziana do falecido rei, a rainha Catarina Cornaro. Os venezianos anexaram formalmente o Reino de Chipre em 1489, após a abdicação de Catarina. Fortificaram Nicósia através da construção de muralhas e usaram a cidade como um importante centro comercial. Durante todo o domínio veneziano, o Império Otomano atacou e invadiu a ilha frequentemente, e em 1539, os otomanos destruíram Limassol, o que levou Veneza a fortificar Famagusta e Cireneia.
Atualmente a República de Chipre ocupa a parte sul da ilha, na região leste do Mediterrâneo, mas este espaço insular, assim como a capital Nicósia, é dividido com a Turquia, ao norte. Conhecido pelas suas cristalinas praias, o país tem também um interior de relevo acidentado, e com várias regiões vinícolas. A cidade costeira de Pafos é famosa pelos seus locais arqueológicos, sobretudo os relacionados com o culto da deusa Afrodite, mas também diversas ruínas de palácios, de tumbas e de mansões repletas de belos e expressivos mosaicos. Estado membro da União Europeia desde 2004, esta ilha localiza-se no leste do mar Mediterrâneo ao largo das costas da Síria e da Turquia e é a terceira maior e a mais populosa ilha mediterrânica com uma área de 9 250 km2. Chipre continua a ser uma excelente posição estratégica na região, já que “observa” o litoral sul da Turquia, o oeste da Síria e do Líbano, o noroeste de Israel, o norte do Egito e o leste da Grécia, e as suas principais cidades são Nicósia, a capital, com 200.452 habitantes, Limassol 183.658 habitantes e Larnaca 84.591 habitantes (dados relativos ao ano de 2004). Atualmente este país encontra-se dividido em dois setores: a República de Chipre (cipriotas gregos) no Sul, e a República Turca do Norte de Chipre (cipriotas turcos).
Chipre
desde 2995€
por pessoa1º DIA – 3 DE JUNHO (4ª Feira) – LISBOA | FRANKFURT | LARNACA
Alojamento no Best Western Larco 4* ou similar.
2º DIA – 4 DE JUNHO (5ª Feira) – LARNACA | FAMAGUSTA | SALAMIS | LARNACA
Regresso ao hotel.
3º DIA – 5 DE JUNHO (6ª Feira) – LARNACA | AGIOS HILARION | KYRENIA | BELLAPAIS | LARNACA
Regresso ao hotel.
4º DIA – 6 DE JUNHO (Sábado) – LARNACA | KITION | CHOIROKOITIA | LIMASSOL
Alojamento no Atlantica Miramare 4* ou similar.
5º DIA – 7 DE JUNHO (Domingo) – LIMASSOL | NICÓSIA NORTE A SUL | LIMASSOL
Regresso ao hotel.
6º DIA – 8 DE JUNHO (2ª Feira) – LIMASSOL | PAFOS | MOSAICOS | TUMBAS DOS REIS | LIMASSOL
Regresso ao hotel.
7º DIA – 9 DE JUNHO (3ª Feira) – LIMASSOL | CASTELO DE LIMASSOL | CASTELO DE KOLOSSI | KOURION | SANTUÁRIO DE APOLO HYLATES | LIMASSOL
Regresso ao hotel.
8º DIA – 10 DE JUNHO (4ª Feira) – LIMASSOL | LARNACA | FRANKFURT | LISBOA
José Varandas
Historiador
José Varandas é Doutor em História Medieval e professor associado do Departamento de História da Universidade de Lisboa. Diretor do Mestrado Interuniversitário de História Militar, desde 2013 e investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
É académico correspondente da Academia Portuguesa da História e Membro Efetivo da Classe de História Marítima da Academia de Marinha, Membro Correspondente da Comissão Portuguesa de História Militar, bem como sócio da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais e Secretário-Geral da Associação Ibérica de História Militar.
Foi condecorado com a Medalha Militar da Cruz Naval de 1ª Classe, concedida em 30/06/2021 e imposta em 05/01/2023, e também condecorado pelo Exército Português, com a Medalha de D. Afonso Henriques – Mérito do Exército, 1ª Classe, em 02/04/2025. No seu currículo, entre os vários trabalhos desenvolvidos, destacam-se a tese de doutoramento “Bonus Rex ou Rex Inutilis: as Periferias e o Centro - Redes de Poder no Reinado de D. Sancho II (1223-1248)”, e os livros “D. Afonso Henriques e o Exército”, “D. Sancho II e o Exército” e “D. João I e o Exército”, entre muitas outras publicações.
É docente na Universidade de Lisboa desde 1990 onde tem ensinado História e Cultura Clássica (Roma Antiga), História Medieval de Portugal, História da Cultura Medieval, História Rural Medieval, História Militar da Antiguidade, História da Tecnologia Militar da Antiguidade, História Militar Medieval, História Marítima Antiga e Medieval, História das Ideias Políticas: Idade Média e Arte Românica e Gótica. São áreas de interesse / pesquisa científica: História Medieval, História Militar, História Rural, História Naval, História do Municipalismo, História das Instituições. É responsável pelos seminários de mestrado: História do Municipalismo; Sociedades guerreiras de “Reconquista”; Armas e Sociedades: Mundo Clássico, História Marítima (Antiga e Medieval), História da Tecnologia Militar, História Militar: teoria, métodos e fontes e Estudos de Arte Medieval (em co-tutoria).
Chipre
desde 2995€
por pessoa
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Preços por pessoaMínimo de 15 participantes
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Quarto Duplo2995€
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Suplemento quarto individual630€
Nota:
Para partidas do Porto, por favor consulte-nos.
NOTA IMPORTANTE
A presente cotação está sujeita a reconfirmação mediante as disponibilidades de voo e hotéis à data da sua reserva. Os valores acima representados poderão sofrer eventuais alterações em caso de oscilações significativas cambiais e/ou de custos de combustível e/ou eventuais novas taxas, tendo em conta a atual conjuntura internacional.
O preço inclui
- Acompanhamento pelo Professor José Varandas durante toda a viagem;
- Acompanhamento por um responsável da Novas Fronteiras durante toda a viagem;
- Passagem aérea em classe económica para os percursos Lisboa / Frankfurt / Chipre / Frankfurt / Lisboa - em voos regulares Lufthansa com direito a 1 peça de bagagem de porão de 23 Kg;
- 7 noites de alojamento em hotéis de 4*, em regime meia-pensão;
- Refeições conforme mencionado no programa (6 almoços e 7 jantares);
- Todos os transportes conforme indicado no programa;
- Guia local de expressão inglesa;
- Todas as visitas e entradas mencionadas no programa;
- Taxas de aeroporto, segurança e combustível no montante de 293,30€ (à data de 20/10/2025) – a reconfirmar e atualizar na altura da emissão da documentação;
- Todos os impostos e taxas aplicáveis;
- Seguro Multiviagens Premium.
O preço não inclui
- Bebidas às refeições;
- Gratificações;
- Tudo o que não esteja como incluído de forma expressa;
- Despesas de caráter particular designados como extras.