Malta
desde 2345€
por pessoa
Viagem a Malta
Malta, oficialmente República de Malta, é um país insular do sul da Europa, localizado no Mar Mediterrâneo, entre a Sicília e o Norte de África. É formado por um arquipélago a 80 km a sul de Itália, a 284 km a leste da Tunísia e a 333 km a norte da Líbia. As duas línguas oficiais são o maltês e o inglês. A capital do país é Valeta, a mais pequena capital da União Europeia (UE) em termos de área e população. Com uma população de cerca de 542.000 habitantes numa área de 316 km² Malta é o décimo país mais pequeno do mundo em área e o nono mais densamente povoado. Muitos consideram que este país consiste numa única região urbana e por assim aparece frequentemente descrito como uma cidade-estado. A longa história de domínio estrangeiro de Malta e a sua proximidade com a Europa e o Norte de África influenciaram a sua arte, música, gastronomia e arquitetura. A ilha possui laços históricos e culturais estreitos com a Itália e, especialmente, com a Sicília; entre 62% e 66% dos malteses falam ou têm um conhecimento significativo da língua italiana, que teve estatuto oficial entre 1530 e 1934. Malta foi um dos primeiros centros do Cristianismo, e o catolicismo é a religião oficial, embora a constituição do país garanta a liberdade de consciência e de culto religioso. Os cerca de 7000 anos de história de Malta foram de importância estratégica no Mediterrâneo, marcados pela colonização no período Neolítico, a que seguiu o domínio de fenícios, cartagineses, romanos, árabes e dos cavaleiros Hospitalários (que construíram ali templos e defesas impressionantes) antes de se tornar uma colónia britânica em 1814. Malta conquistou a independência em 1964 e a ilha foi condecorada com a “George Cross” pelo seu heroísmo durante a Segunda Guerra Mundial.
As ilhas foram habitadas pela primeira vez por volta de 6500 a. C. com a chegada de caçadores-recolectores mesolíticos provavelmente originários da Sicília, que construíram templos megalíticos como o de Ġgantija, que antecedem no tempo a construção das imponentes pirâmides egípcias. Mas para chegarem a Malta estes caçadores-recolectores tiveram de atravessar cerca de 100 km de águas abertas, realizando a mais longa travessia marítima alguma vez conhecida efetuada por seres humanos do período Mesolítico no Mediterrâneo. Informação arqueológica suplementar tem determinado que os agricultores neolíticos, também originários da Sicília, terão chegado a estas ilhas (Malta e Gozo) por volta de 5400 a. C. Ali construíram povoados agrícolas pré-históricos e onde se inclui a gruta Għar Dalam que nas suas camadas arqueológicas superiores apresentou muitos vestígios ósseos associados a animais domesticados. A população neolítica de Malta cultivava cereais, criava gado e, em comum com outras culturas mediterrânicas antigas, adorava uma divindade feminina associada à fertilidade. Por volta de 700 a. C., em plena Idade do Ferro, comerciantes fenícios colonizaram Malta, processo que foi logo seguido pelos Cartagineses, e em 218 a. C. esta ilha já era uma possessão do Império Romano.
A história medieval de Malta, desde o fim do domínio romano até à chegada dos cavaleiros Hospitalários, estende-se por séculos de mudanças emocionantes e acontecimentos dramáticos, assemelhando-se à da vizinha Sicília, mas também possuindo características originais. As ilhas fizeram parte do reino ostrogodo até que o domínio romano oriental em Malta foi restabelecido por volta de 535 e durou até à conquista árabe em 870. Durante mais de dois séculos, Malta e Gozo fizeram parte do Dar al-Islam que ali deixou uma marca duradoura ainda visível na língua maltesa. Em 1091, foi a vez dos conquistadores normandos da Sicília anexarem as duas ilhas. O cristianismo foi ali lentamente restabelecido, e nos restantes quatro séculos da Idade Média, Malta esteve submetida aos reis da Sicília até à chegada dos cavaleiros Hospitalários, que ali se mantiveram entre 1530 e 1798: o Imperador Carlos V concedeu as ilhas à Ordem de São João, que as defenderam contra o Grande Cerco Otomano de 1565. Isto marcou uma época dourada para Malta, com significativos desenvolvimentos artísticos e culturais. Os franceses tomaram Malta em 1798, mas foram expulsos por uma revolta local com a ajuda dos britânicos, e a Grã-Bretanha fez de Malta mais uma das suas colónias, corria o ano de 1814. Depois da sua galante, e solitária, resistência contra os bombardeiros alemães e italianos durante a Segunda Guerra Mundial, Malta conquistou a sua independência ao Reino Unido em 1964 e tornou-se uma república em 1974. Aderiu à União Europeia em 2004 e adotou o euro como moeda. E tal como na Antiguidade e nos tempos medievais, a sua localização estratégica continua a fazer dela um centro importante para o comércio e os transportes no Mediterrâneo.
Malta
desde 2345€
por pessoa1º DIA – 29 DE MARÇO (Domingo) – LISBOA | FRANKFURT | MALTA
Alojamento no Waterfront Hotel 4* ou similar.
2º DIA – 30 DE MARÇO (2ª Feira) – SUL DE MALTA
Daqui, seguimos para a deslumbrante Gruta Azul, onde, se o tempo permitir, um passeio de barco nos levará pelas águas cristalinas para admirar as deslumbrantes cavernas marinhas, conhecidas pelos seus reflexos de luz natural.
O destino seguinte leva-nos até ao Forte San Lucjan que oferece uma visão impressionante sobre as defesas costeiras de Malta. Segue-se um passeio relaxante pela encantadora vila piscatória de Marsaxlokk, uma tradicional cidade portuária famosa pela sua orla marítima serena e pelos seus barcos luzzu coloridos, onde nunca falta um par de olhos pintado para proteger os pescadores das intempéries. É também aqui que todos os domingos ocorre o maior mercado de peixe de Malta, em que a captura é retirada dos barcos e vendida ali mesmo na margem do porto. Neste local fica a linda Igreja de Nossa Senhora de Pompeia e algumas das fortificações que protegiam o porto local, como o Forte San Lucjan, o Forte Tas-Silġ e o imponente Forte Delimara.
Por fim, desfrutaremos de um almoço tranquilo na vila, seguido de uma visita a Il-Loggia ta' Pinto em Qormi, que oferece um vislumbre do património arquitetónico barroco da ilha. O dia termina com um passeio panorâmico pelos impressionantes bastiões de Valletta antes do regresso ao hotel.
3º DIA – 31 DE MARÇO (3ª Feira) – VALLETTA
E logo nos apaixonamos pela arquitetura incrível ao deambularmos pelas suas ruas perfeitamente alinhadas e perpendiculares, com prédios belíssimos de pedra calcária cor de mel, onde é possível encontrar testemunhos da história nos nomes das vielas, nas portas e janelas, à medida que caminhamos em direção aos Jardins Upper Barracca que têm à nossa espera uma magnifica vista panorâmica do Grande Porto. Quem sabe se ali não chegamos a tempo de assistir à salva de canhões da Saluting Battery, onde as peças de artilharia são disparadas todos os dias às 12:00h e às 16:00h. Tudo isto antes de um passeio guiado pela Merchant Street e uma paragem obrigatória no impressionante Auberge de Castille, outrora sede dos Cavaleiros de São João.
E dentro da Catedral de São João ficaremos encantados com os tesouros artísticos que ainda ali estão, como uma das obras-primas do pintor Caravaggio: A Decapitação de São João Batista.
Após o almoço, o já bem preenchido segundo dia encaminha-nos até ao Centro de Interpretação dos Construtores da Fortaleza, que oferece uma visão sobre a formidável, e por vezes peculiar, arquitetura militar de Malta.
O dia termina com as visitas ao Palácio do Grão-Mestre e ao Forte de São Telmo, sede do Museu Nacional da Guerra, onde o papel fundamental de Malta durante a Segunda Guerra Mundial ganha vida. Porém, talvez antes, possamos comer um delicioso pastizzi (típico pastel de Valetta) ou apreciar um café no icónico Café Cordina, na Victoria Square.
4º DIA – 1 DE ABRIL (4ª Feira) – ILHA DE GOZO
Segue-se a visita ao sereno Santuário de Ta' Pinu, com a sua basílica dedicada a Nossa Senhora. Em Xlendi, desfrutaremos de uma curta caminhada até às falésias ou de uma refrescante pausa num café à beira-mar.
O coração da ilha, Victoria (Rabat), convida a explorar a impressionante Cittadella, uma fortaleza histórica que oferece vistas deslumbrantes e um rico património militar e não só. Depois, um almoço relaxante é servido em Mgarr, a principal cidade portuária de Gozo.
O dia termina com uma visita ao Forte Chambray, explorando o Arsenal da Pólvora, antes do regresso no ferry a Malta e ao hotel.
5º DIA – 2 DE ABRIL (5ª Feira) – AS TRÊS CIDADES
Em Birgu, exploraremos a Porta Avançada e visitaremos o Bastião de São João. Um passeio pela histórica área de Collachio destaca o traçado medieval das ruas e as residências da nobreza militar europeia que ali se instalou.
Por ali se almoça num restaurante local, seguido de uma visita ao imponente Forte de Sant’Angelo, um local de imensa importância estratégica durante a ocupação da Ordem Militar de São João e mais tarde do domínio britânico.
Um passeio num barco tradicional Dgħajsa tal-Pass oferece um cruzeiro memorável pelo porto para ver as enseadas históricas do Grande Porto a partir da água. E o dia termina com um passeio panorâmico ao longo das Linhas Cottonera. Regresso ao hotel.
6º DIA – 3 DE ABRIL (6ª Feira) – MALTA | FRANKFURT | LISBOA
Cruzeiro pelo porto, que oferece uma vista relaxante e a perspetiva de vermos a partir do mar o porto fortificado de Valletta. Almoço em restaurante local. Em hora a combinar localmente tomaremos o transfer até ao aeroporto de Malta para cumprir as formalidades de embarque em voo Lufthansa com destino a Lisboa, via Frankfurt. Chegada a Lisboa prevista para as 23h30.
FIM DA VIAGEM.
José Varandas
Historiador
José Varandas é Doutor em História Medieval e professor associado do Departamento de História da Universidade de Lisboa. Diretor do Mestrado Interuniversitário de História Militar, desde 2013 e investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
É académico correspondente da Academia Portuguesa da História e Membro Efetivo da Classe de História Marítima da Academia de Marinha, Membro Correspondente da Comissão Portuguesa de História Militar, bem como sócio da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais e Secretário-Geral da Associação Ibérica de História Militar.
Foi condecorado com a Medalha Militar da Cruz Naval de 1ª Classe, concedida em 30/06/2021 e imposta em 05/01/2023, e também condecorado pelo Exército Português, com a Medalha de D. Afonso Henriques – Mérito do Exército, 1ª Classe, em 02/04/2025. No seu currículo, entre os vários trabalhos desenvolvidos, destacam-se a tese de doutoramento “Bonus Rex ou Rex Inutilis: as Periferias e o Centro - Redes de Poder no Reinado de D. Sancho II (1223-1248)”, e os livros “D. Afonso Henriques e o Exército”, “D. Sancho II e o Exército” e “D. João I e o Exército”, entre muitas outras publicações.
É docente na Universidade de Lisboa desde 1990 onde tem ensinado História e Cultura Clássica (Roma Antiga), História Medieval de Portugal, História da Cultura Medieval, História Rural Medieval, História Militar da Antiguidade, História da Tecnologia Militar da Antiguidade, História Militar Medieval, História Marítima Antiga e Medieval, História das Ideias Políticas: Idade Média e Arte Românica e Gótica. São áreas de interesse / pesquisa científica: História Medieval, História Militar, História Rural, História Naval, História do Municipalismo, História das Instituições. É responsável pelos seminários de mestrado: História do Municipalismo; Sociedades guerreiras de “Reconquista”; Armas e Sociedades: Mundo Clássico, História Marítima (Antiga e Medieval), História da Tecnologia Militar, História Militar: teoria, métodos e fontes e Estudos de Arte Medieval (em co-tutoria).
Malta
desde 2345€
por pessoa
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Preços por pessoaMínimo de 15 participantes
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Quarto Duplo2345€
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Suplemento quarto individual335€
Nota:
Para partidas do Porto, por favor consulte-nos.
NOTA IMPORTANTE
A presente cotação está sujeita a reconfirmação mediante as disponibilidades de voo e hotéis à data da sua reserva. Os valores acima representados poderão sofrer eventuais alterações em caso de oscilações significativas cambiais e/ou de custos de combustível e/ou eventuais novas taxas, tendo em conta a atual conjuntura internacional.
O preço inclui
- Acompanhamento do Professor José Varandas durante a viagem;
- Acompanhamento por um responsável da Novas Fronteiras durante toda a viagem;
- Passagem aérea em classe turística para os percursos Lisboa / Frankfurt / Malta / Frankfurt / Lisboa – em voos regulares Lufthansa com direito a 1 peça de bagagem de porão de 23 Kg;
- 5 noites de alojamento nos hotéis mencionados ou similares, com pequeno-almoço incluído;
- Refeições conforme mencionado no programa (5 almoços);
- Todos os transportes conforme indicado no programa;
- Guia local durante toda a viagem
- Todas as visitas e entradas mencionadas no programa;
- Áudio-guias (4 dias);
- Taxas de aeroporto, segurança e combustível no montante de 248,30€ (à data de 27/08/2025) – a reconfirmar e atualizar na altura da emissão da documentação);
- Todos os impostos e taxas aplicáveis;
- Seguro Multiviagens Premium.
O preço não inclui
- Gratificações;
- Tudo o que não esteja como incluído de forma expressa;
- Despesas de caráter particular designados como extras.
- Excursões opcionais não indicadas no programa;
- Almoços do 1º e 6º dia;